Marcelo Drummond Nova (Salvador, 16 de agosto de 1951) é cantor e compositor brasileiro.
Biografia
Foi vocalista da banda baiana Camisa de Vênus, no início dos anos 1980, onde permaneceu até 1987. Em 1988 iniciou então sua carreira solo, gravando, no ano seguinte, um LP intitulado A Panela do Diabo, ao lado de Raul Seixas, que viria a falecer em 1989, com quem realiza uma turnê de cinquenta apresentações pelo Brasil. Em 1995, volta para a Camisa de Vênus, permanecendo até 1997 e retornando à carreira solo, no ano seguinte.
Em 2007, Marcelo Nova se reúne novamente com a banda Camisa de Vênus para algumas apresentações ao redor do Brasil.
Maiores Sucessos
Os maiores sucessos de Marcelo Nova foram as músicas:
Simca Chambord (com o Camisa de Vênus)
Sílvia (com o Camisa de Vênus)
Eu Não Matei Joana D'Arc (com o Camisa de Vênus)
Carpinteiro do Universo (com Raul Seixas)
Pastor João e a Igreja Invisível (com Raul Seixas)
Discografia
Com a Camisa de Vênus
1982 - Controle Total
1983 - Camisa de Vênus
1984 - Batalhões de Estranhos
1986 - Viva
1986 - Correndo Risco
1987 - Duplo Sentido
1995 - Camisa de Vênus Plugado
1996 - Quem É Você
Carreira solo
1988 - Marcelo Nova e Envergadura Moral
1989 - A Panela do Diabo (em parceria com Raul Seixas )
1991 - Blackout
1994 - A Sessão Sem Fim
1998 - Eu Vi o Futuro, Baby. Ele É Passado
1999 - Grampeado em Público
2001 - Tijolo na Vidraça (caixa)
2003 - Em Ponto de Bala
2005 - O Galope do Tempo
Participações especiais
1995 - Velhas Virgens, álbum Foi Bom pra Você?, música "De Bar em Bar Pela Noite".
2003 - Charlie Brown Jr, álbum Acústico MTV, música, "Hoje".
2004 - O Baú do Raul, CD O Baú do Raul uma homenagem a Raul Seixas, músicas "Pastor João e a Igreja Invisível" e "Não Fosse o Cabral".
2004 - O Baú do Raul, DVD O Baú do Raul uma homenagem a Raul Seixas, música "Pastor João e a Igreja Invisível".
Como ator
2007- O Magnata, papel "A Consciência do Magnata"
Curiosidades
Marcelo é pai da apresentadora de TV da MTV Brasil Penélope Nova.
Letras Simca Chamboard
(Marcelo Nova/Miguel Cordeiro/Gustavo Mullem/ Karl Hummel)
"Um dia meu pai chegou em casa, nos idos de 63
E da porta ele gritou orgulhoso, agora chegou a nossa vez
Eu vou ser o maior , comprei um Simca Chambord
O inverno veio impedir o meu namoro no jardim
Mas a gente fugia de noite, numa fissura que não tinha fim
Na garagem da vovó, tinha o banco do Simca Chambord
Fazendo Simca Chambord
Fazendo Simca Chambord
Fazendo Simca Chambord
Meu pai comprou um carro, ele se chama Simca Chambord
E no caminho da escola eu ia tão contente
Pois não tinha nenhum carro, que fosse na minha frente
Nem Gordini, nem Ford, o bom era o Simca Chambord
O presidente João Goulart, um dia falou na TV
Que a gente ia ter muita grana, pra fazer o que bem entender
Eu vi um futuro melhor, no painel do meu Simca Chambord
Fazendo Simca Chambord
Fazendo Simca Chambord
Fazendo Simca Chambord
Meu pai comprou um carro, ele se chama Simca Chambord
Mas eis que de repente, foi dado um alerta
Ninguém saía de casa e as ruas ficaram desertas
Eu me senti tão só dentro do Simca Chambord
Tudo isso aconteceu há mais de vinte anos
Vieram jipes e tanques que mudaram os nossos planos
Eles fizeram pior acabaram com o Simca Chambord
Acabaram com o Simca Chambord
Acabaram com o Simca Chambord
Acabaram com o Simca Chambord
Acabaram com o Simca Chambord
Eles fizeram pior
Acabaram com o Simca Chambord"
O Adventista
(Marcelo Nova)
Eu acredito no bem e no mal
Eu acredito no imposto predial
Eu acredito, eu acredito
Eu acredito nos livros da estante
Eu acredito em Flavio Cavalcante
Eu acredito, eu acredito
Nao vai mais haver amor
Neste mundo nunca mais
Eu acredito no seu ponto de vista
Eu acredito no partido trabalhista
Eu acredito, eu acredito
Eu acredito em toda essa cascata
Eu acredito no beijo do Papa
Eu acredito, eu acredito
Nao vai mais haver amor
Neste mundo nunca mais
Eu acredito em quem anda com fé
Eu acredito em Xuxa e em Pelé
Eu acredito, eu acredito
Eu acredito na escada pro sucesso
Eu acredito em ordem e progresso
Eu acredito, eu acredito
Nao vai mais haver amor
Neste mundo nunca mais
Eu acredito que o amor atrai
Eu acredito em mamãe e em papai
Eu acredito, eu acredito
Eu acredito no Cristo que padece
Eu acredito no INPS
Eu acredito, eu acredito
Nao vai mais haver amor
Neste mundo nunca mais
Eu acredito no milagre que não vem
Eu acredito nos homens do bem
Eu acredito, eu acredito
Eu acredito nas boas intenções
Mas esse papo já encheu os meus botões
Eu não acredito
Eu não acredito
Nao vai mais haver amor
Neste mundo nunca mais
Eu Não Matei Joana D'arc
(Marcelo Nova E Gustavo Mullem)
Eu nunca tive nada com joana D'arc
Nós só nos encontramos pra passear no parque
Ela me falou dos seus dias de glória
E do que não está escrito lá nos livros de história
Que ficava excitada quando pegava na lança
E do beijo que deu na Rainha da França
Agora todos pensam que fui eu que à cremei
Mas eu não sou piromaníaco, eu juro que não sei
Ontem eu nem à vi, sei que não tenho álibi
Mas eu não matei joana D'arc
Eu nunca tive nada com Joana D'arc
Nós só nos encontramos pra passear no parque
Ela me falou que andava ouvindo vozes
E que pra conseguir dormir sempre tomava algumas doses
Uma rede internacional iludiu aquela menina
Prometendo a todo custo transformá-la em heroína
Agora estou entregue a mim mesmo e a vocês
Todos querem que eu confesse mas eu nem sei o que
Ontem eu nem à vi, sei que não tenho álibi
Mas eu não matei Joana D'arc
Não fui eu, não fui eu que matei Joana D'arc
Não fui eu, não fui eu quem matou Joana D'arc
Hoje
(Marcelo Nova / karl Hummel)
"Ouvi notícias de muito longe batendo na minha porta
Eu vi os garfos, eu vi as facas em cima da mesa posta.
Pra que mensagens e telegramas se você; chega e some
Tenho dinheiro e CPF, mas não me lembro o meu nome.
Não há; mais festa nem carnaval
Acho que eu fui enganado
Me diga as horas eu vou embora
Hoje eu tô atrasado.
Pra que escolas e faculdades não há nada pra aprender
Eu já não vejo, eu já; não penso, já não consigo escrever
Sou faixa preta, toco guitarra, um dia vou popular de asa
Durmo de dia, trabalho à noite não sei se volto pra casa.
Olho pro trânsito, olho o sinal, tá tudo engarrafado,
Vídeo cassete, computadores e homens codificados
Tem uma loira que tá a fim, a ruiva diz que me ama,
A negra quer, eu já não sei, quem é que eu levo pra cama
Tô abafado, me dá licença vê se sai da minha frente
Tenho miopia sou hipotenso, meu pé tá sempre dormente
Amsterdã via Paris acho que é nesse que eu vou
Mudei o corte do meu cabelo já nem sei como eu sou."
Nenhum comentário:
Postar um comentário