sábado, 25 de dezembro de 2010

Ultraje a Rigor









Ultraje a rigor

Ultraje a Rigor é uma banda brasileira de rock, criada no início dos anos 80 em São Paulo. Idealizada por Roger Rocha Moreira (voz e guitarra base), obteve sucesso em 1983 no Brasil devido aos hits "Inútil" e "Mim Quer Tocar". Em 1985 a banda ficou nacionalmente conhecida pelo álbum Nós Vamos Invadir Sua Praia que trouxe o primeiro disco de ouro e platina para o rock nacional, além de receber recentemente o título de melhor álbum brasileiro pela Revista MTV.[carece de fontes?]







A banda é um grande marco no cenário do rock nacional. Sua formação inicial era Roger, Leonardo Galasso (bateria, mais conhecido como Leôspa), Sílvio (baixo) e Edgard Scandurra (guitarra solo). Mal o nome foi adotado, Sílvio saiu para dar lugar a Maurício Defendi. Hoje, apenas Roger, idealizador da banda, continua desde a formação original.





Por que Ultraje a rigor? - O Ultraje a rigor foi formado no final de 1980, inicialmente como uma banda de covers, principalmente Beatles, rock dos anos 60, punk e new wave. Depois de algumas formações provisórias, Roger, Leôspa, Sílvio e Edgard começaram a se apresentar em festas e barzinhos. Em 1982, ainda sem um nome fixo, decidiram por Ultraje a rigor, já que nunca eram muito fiéis às versões originais dos covers que faziam, frequentemente avacalhados ou distorcidos. O nome Ultraje a rigor foi escolhido meio por acaso. Roger e Leôspa estavam tentando achar um nome durante uma festa em que se apresentavam. Roger sugeriu Ultraje, mas achava meio punk demais (para a época, pelo menos). Roger então perguntou a Edgard, que chegou no meio da conversa, o que ele achava de Ultraje. Edgard, sem entender direito a pergunta, disse: "que traje? O traje a rigor?" Roger e Leôspa adoraram e adotaram então este nome. Logo depois, Sílvio sairia, entrando Maurício em seu lugar (Foto 1).



















Inútil - Com esta formação, em abril de '83 participaram do projeto Bôca no Trombone, do Teatro Lira Paulistana, em São Paulo, seu primeiro show só com composições próprias. Foram contratados após uma das apresentações pelo produtor Pena Schmidt, na época contratando grupos para a WEA. Gravaram seu primeiro compacto, "Inútil/Mim quer tocar", que, por problemas com a Censura, só saiu em outubro daquele ano. Após a gravação do compacto, agora fazendo mais shows, Edgard, já na época com o Ira (ainda sem ponto de exclamação), não pôde mais dividir-se entre os dois grupos. Para o seu lugar foi chamado Carlinhos. Com esta formação (Foto 2),gravaram seu segundo compacto, "Eu me amo/ Rebelde sem causa" em '84. "Eu me amo" foi bem nas rádios, impulsionado um pouco pela polêmica coincidência de refrões com a música Egotrip, da Blitz. Mas o lado B do compacto, que começou a tocar no começo de '85 foi que detonou a explosão do Ultraje.


















Nós vamos invadir sua praia - Seu primeiro LP, "Nós vamos invadir sua praia", lançado a seguir e puxado inicialmente por "Ciúme", foi um enorme sucesso. Foi o primeiro LP de rock nacional a conseguir discos de ouro e platina. Das 11 músicas do disco, 9 foram amplamente executadas e o Ultraje quebrou recordes de público em diversas casas de shows no Brasil inteiro. No começo de '86, gravaram um EP chamado "Liberdade para Marylou", com uma versão remixada de "Nós vamos invadir sua praia", o "Hino dos cafajestes" e a música "Marylou" gravada em ritmo de carnaval e com as frases censuradas substituídas por frases de trombone. "Marylou" arrebentou nos bailes de carnaval daquele ano e até hoje continua sendo tocada quase como um clássico de carnaval. Já em '87, gravaram seu segundo LP, "Sexo!!". Durante a gravação deste disco, Carlinhos, que já pensava em mudar-se para Los Angeles para formar sua própria banda (o que acabou fazendo), saiu para dar lugar a Sérgio Serra na guitarra. (Foto 3). O disco foi tão bem sucedido quanto o primeiro, quebrando um tabu da indústria fonográfica, que ditava que um primeiro disco que vendesse muito bem era sempre sucedido por um fracasso. Isso não aconteceu. O disco foi lançado com um show-surpresa histórico na Avenida Paulista, uma das principais avenidas de S. Paulo, provocando um congestionamento de vários quilômetros. Nova tournée por todo o Brasil, novas músicas estouradas nas rádios e nada de férias, desde '84.


















Stress - Em '89, amadurecidos e um pouco estressados pelas longas tournées, gravaram "Crescendo", seu terceiro LP. O disco vendeu bem, mas a mídia já não estava tão interessada no Ultraje, após 4 anos de sucesso ininterrrupto. Mesmo assim, o Ultraje ainda provocava polêmica, ao provocar o anunciado fim da Censura oficial com a música "Filha da Puta". Palavrões não eram coisa comum naquela época, muito menos num refrão. Logicamente, a música foi censurada extra oficialmente em diversas rádios e em programas de TV, o que também atrapalhou na divulgação do disco. Outras músicas, com palavrões leves ou temas picantes, como "O Chiclete" e "Volta comigo", que fala de adultério, também tiveram a execução prejudicada. Em '90, o Ultraje volta às origens e lança "Por Quê Ultraje a rigor?", um disco de covers que faziam parte de seu repertório original. Maurício, casado com uma americana, muda-se para Miami (onde vive até hoje) e Andria Busic entra em seu lugar provisoriamente, sendo substituído por Oswaldo um mês depois (Foto 4). Quase um ano de tournée depois, e Roger percebe que o Ultraje já não era a mesma coisa. Leôspa, casado, já não tinha mais a mesma disposição para viajar e ensaiar, Sérgio Serra queria sair para formar sua própria banda e Oswaldo preferia trabalhar em seu estúdio profissional. Após uma conversa com Leôspa, decide procurar novos integrantes que quisessem continuar o Ultraje a rigor.


















A nova formação - Procurando em bares e shows de bandas iniciantes, encontra Flávio Suete, baterista que tocava com a banda Nem e com o Central Scrutinizer Band, cover de Frank Zappa. Flávio indica Serginho Petroni, baixista com o Zappa cover. Juntos, começam a fazer audições para novos guitarristas. Após meses de ensaio e procura, acabam encontrando Heraldo Paarmann, por meio de um anúncio informal na rádio Brasil 2000 (hoje 107,3 FM). Continuam com os ensaios e uns poucos shows para entrosamento. Em 1992, contra a vontade do grupo, a gravadora lança uma coletânea, "O mundo encantado do Ultraje a rigor", sendo a palavra "encantado" uma ironia de Roger com relação ao encanto dos primeiros anos e as dificuldades com a gravadora, em relação a novos projetos. Apesar de ser uma coletânea, o disco tem duas faixas inéditas gravadas com esta formação , além de algumas gravações diferentes de sucessos anteriormente lançados. Ainda em '92, revoltados com o descaso da gravadora com o grupo, gravam de maneira independente "Ah, se eu fosse homem ", uma divertida divagação sobre as dificuldades encontradas pelos homens frente à nova posição da mulher pós-movimentos feministas. A fita com esta música, distribuída às rádios pelo próprio grupo, acaba provocando a reação esperada. Em '93, num clima já tenso com a gravadora, lançam ""Ó!", seu sexto LP, o quarto com músicas inéditas, gravado às pressas e com orçamento pequeno, por imposição da gravadora. Foi um disco um pouco estranho, ainda pouco entrosado com relação a estilo e praticamente ignorado pelo departamento de divulgação da Warner. Teve um clip de sucesso na MTV, "(Acontece toda vez que eu fico) Apaixonado" e sucesso discreto na mídia e nas lojas, embora tenha agradado seus fãs mais fiéis e conseguido alguns novos fãs. Em '95, nova coletânea, dessa vez, sem nem o conhecimento do grupo, foi lançada. Faz parte de uma série chamada "Geração Pop". Em '96, também de surpresa para a banda, lançaram uma série chamada "O melhor do Ultraje a rigor/2 é demais!", reunindo os dois primeiros LPs do Ultraje, sem as faixas bônus dos CDs originais. Sem nunca se incomodar em avisar a banda, mas já não "de surpresa", a Warner lança mais duas coletâneas, em '97 "Pop Brasil", na verdade uma reedição do Geração Pop com menos músicas e em '98 "Ultraje a rigor Vol. 2 / 2 é demais!" com o terceiro e quarto discos da banda reunidos em um CD e, mais uma vez, sem as faixas bônus originais.


















(Foto 5) A volta dos que não foram - No início de '99 Serginho deixa a banda para seguir carreira como Engenheiro Químico. Mingau assume o baixo. Logo depois, o Ultraje a rigor assina contrato com a Deckdisc/Abril Music para lançar "18 anos sem tirar!", um disco ao vivo, com algumas canções inéditas gravadas em estúdio. O CD é muito bem recebido por público e crítica e recebe o disco de ouro por vendagens acima de 100.000 cópias, estourando a faixa "Nada a declarar", que critica o tédio e a falta de assunto geral do cenário musical e da juventude em especial. Em Maio de 2002, novamente o Ultraje precisa de um ajuste na formação. Logo antes de começarem as gravações de Os Invisíveis, Flávio e Heraldo estavam distanciando-se das intenções musicais de Roger e Mingau. Havia insatisfação de ambas as partes e a melhor solução era a separação. Para gravar o disco e continuar com o grupo foram chamados Sérgio Serra, que adorou voltar ao Ultraje, e Bacalhau, ex-Rumbora e Little Quail, que também aceitou imediatamente o convite (Foto 6). O disco sai em Agosto de 2002, puxado pela faixa Domingo eu vou pra praia, que no dia de seu lançamento foi uma das mais executadas no país.


















Acústico MTV - Em 2005, aceitando um convite da Deckdisc e da MTV, o Ultraje grava seu CD e primeiro DVD na carreira, Acústico MTV, ambos recebidos muito bem pela crítica e público e ambos atingindo as marcas de CD de Ouro e DVD de Ouro. O Ultraje grava de maneira diferente, considerado por muitos como o Acústico MTV mais roqueiro de todos. A banda é apresentada a uma nova geração que só tinha ouvido falar do Ultraje através de pais e irmãos e faz enorme sucesso com ela. Outras coletâneas continuam sendo lançadas pela Warner regularmente, em 2006 e 2007.


















O futuro - O Ultraje a rigor continua em sua turnê pelo Brasil e pretende lançar algumas músicas novas pela Internet em 2009.


















Mais sôbre o Ultraje a rigor pode ser encontrado nos livros de Arthur Dapieve, "Dias de Luta" de Ricardo Alexandre e "Noites Tropicais", de Nélson Motta.






domingo, 12 de dezembro de 2010

Barão Vermelho, Roberto Frejat e Cazuza

Agora uma de minhas bandas favoritas pelo seu estilo, personalidades musical, pelas letras.
Eu curto desde as canções mais antigas até as mais recentes, desde as mais Rock até as suas baladas mais romanticas.

Seu som vai do Rock Puro ao Blues, passando pelo Pop, sem perder a categoria.







Barão Vermelho



O Barão Vermelho nasceu em 1981, no Rio de Janeiro, a partir da vontade de Roberto Frejat, Guto Goffi, Dé Palmeira e Maurício Barros de tocar rock’n roll em estado puro. Mas só no ano seguinte, os quatro integrantes encontrariam o vocalista Cazuza e gravariam o primeiro LP, "Barão Vermelho", pela Som Livre, fazendo alguns shows apenas no Rio e em São Paulo. Depois do lançamento do disco "2", que inclui a faixa "Pro Dia Nascer Feliz", vem o sucesso nacional em 1984 com "Beth Balanço", da trilha sonora do filme de mesmo nome e presente no terceiro disco do grupo, "Maior Abandonado". Em janeiro de 1985 participam do festival Rock In Rio e em junho é anunciada a saída do vocalista Cazuza, que parte para carreira solo, e a entrada de Fernando Magalhães e Peninha.







Frejat passa a ser vocalista e o Barão Vermelho assina contrato com a Warner.  Em 1988 lançam o sexto álbum “Carnaval”, que tem a faixa “Pense e Dance” incluída na trilha sonora da novela Vale Tudo, de Gilberto Braga.  Sucesso absoluto, o Barão fecha o ano fazendo o show de abertura da turnê de Rod Stewart no Brasil.  Em 1989, com a popularidade em alta, a banda grava seu sétimo disco, “Barão ao Vivo”, na Dama Xoc, em São Paulo.






Em 1990, o Barão Vermelho participa do Hollywood Rock e é considerado o melhor grupo nacional do festival. No mesmo ano, o baixista Dé é substituído por Dadi, ex-integrante dos Novos Baianos e do A Cor do Som. A banda grava o oitavo disco, “Na Calada da Noite”, escolhido em 1991, por unanimidade de público e crítica da revista Bizz, como o melhor Disco do Ano. Todos os integrantes da banda são apontados, em suas respectivas categorias, os melhores de 90, incluindo Peninha, Fernando Magalhães e Dadi. Em julho, o Barão Vermelho recebe o prêmio Sharp de melhor grupo de rock de 1990. O baixista Dadi é substituído por Rodrigo Santos, que está no grupo até hoje.






Com mais de uma década de estrada, o Barão Vermelho é eleito mais uma vez pelo público e crítica como o melhor grupo do Hollywood Rock 92. No mesmo ano, recebeu o segundo Prêmio Sharp, como melhor banda de rock. Lançado em dezembro de 1999, “Balada MTV – Barão Vermelho” é uma retrospectiva eletro-acústica do grupo, com os melhores momentos da carreira, em novos arranjos. Gravado ao vivo, o CD inclui ainda a inédita "Enquanto Ela Não Chegar" e regravações de Raul Seixas, Cazuza e Legião Urbana.






Em 2001, depois de mais uma apresentação surpreendente no Rock in Rio 3 – Por um Mundo Melhor, o Barão Vermelho faz uma pausa para seus integrantes desenvolverem projetos paralelos.  






Em 2004 eles lançaram “Barão Vermelho”, que mostra o puro rock’n roll do início de carreira, com hits como ‘Cuidado’ e ‘A chave da porta da frente’, já estourada nas rádios de todo o Brasil, além de ‘Embriague-se’, ‘Cara a Cara’, “Cigarro aceso no braço” e “Para toda vida”, entre outras.  O CD marca o último trabalho do produtor Tom Capone com a banda.





Ao todo são 23 anos de carreira e 15 CDs, que mantém o Barão Vermelho como uma das principais grifes do Rock Brasil. "Declare Guerra", "Por Que A Gente É Assim", "Quem Me Olha Só", "Pense e Dance", "Torre de Babel", “Billy Negão”, “Por você”, "O Poeta Está Vivo", "Supermercados da Vida", "Malandragem Dá um Tempo" e "Puro Êxtase" são alguns dos hits inesquecíveis que agregam diferentes gerações nos shows da banda pelo Brasil.  






Atualmente a formação do Barão Vermelho é composta por Roberto Frejat (guitarra e voz), Fernando Magalhães (guitarra), Rodrigo Santos (baixo), Guto Goffi (bateria) e Peninha (percussão). Nos shows contam com a participação especial de Maurício Barros (teclados).






Em agosto de 2005, o Barão Vermelho subiu ao palco do reformulado Circo Voador para gravar o seu primeiro DVD, dentro do projeto MTV ao Vivo. Joana Mazzucchelli cuidou da direção de imagens, enquanto coube à Ezequiel Neves a direção musical também para o CD.  O DVD reproduz a euforia e o entusiasmo dos fãs em ver o grupo em seu melhor momento de carreira, prestes a completar ¼ de século de estrada. No repertório do CD e DVD estão clássicos do grupo, além da única música inédita, “Nosso Mundo”, composição de Guto Goffi e Maurício Barros.  






O elemento surpresa do Barão MTV ao Vivo fica por conta da dobradinha virtual, entre Cazuza e Frejat – este interpretando pela primeira vez - na canção “Codinome Beija-Flor”, de Cazuza e Ezequiel Neves, escolhida como música de trabalho deste novo CD.










Roberto Frejat





 Roberto Frejat (Rio de Janeiro, 21 de maio de 1962) é um cantor, compositor e guitarrista brasileiro. Mais conhecido no Brasil apenas como Frejat, é um vocalista e um dos fundadores da banda Barão Vermelho. Foi também o principal parceiro de Cazuza em composições.



Carreira solo

Em 2001, lançou seu primeiro album solo Amor pra Recomeçar. Obteve sucesso com a faixa-titulo, "Homem não Chora", além de "Segredos" e "Quando o Amor Era Medo". Participaram vários artistas, incluindo Caetano Veloso, Gal Costa, Cássia Eller e Ney Matogrosso. Em 2003 lança seu segundo álbum Sobre Nós Dois e o Resto do Mundo e, em [[2008],] Intimidade entre Estranhos. Nesse momento, realizou uma turnê pelo Brasil para divulgação do trabalho.






Roberto Frejat foi eleito por uma revista britância o melhor guitarrista brasileiro dos anos 80.






Maiores sucessos

2001 - "Amor pra Recomeçar"


2002 - "Homem Não Chora"


2002 - "Segredos"


2002 - "Quando O Amor Era Medo"


2003 - "Eu Preciso Te Tirar Do Sério"


2003 - "Sobre Nós Dois E O Resto Do Mundo"


2004 - "Uns Dias" (com Os Paralamas do Sucesso)


2004 - "Caleidoscópio" (com Os Paralamas do Sucesso)


2004 - "Exagerado" (com Zélia Duncan)


2004 - "Túnel do Tempo"


2008 - "Dois Lados"


2009 - "Nada além"



Discografia



Solo


2001: Amor Para Recomeçar


2003: Sobre Nós Dois e o Resto do Mundo


2009: Intimidade Entre Estranhos



Com o Barão Vermelho

1982 - Barão Vermelho


1983 - Barão Vermelho 2


1984 - Maior Abandonado


1986 - Declare Guerra


1987 - Rock'n Geral


1988 - Carnaval


1989 - Barão ao vivo


1990 - Na Calada da Noite


1991 - Acústico MTV - Barão Vermelho


1992 - Barão Vermelho 1985 - Rock in Rio 1


1992 - Supermercados da Vida


1994 - Carne Crua


1996 - Álbum


1998 - Puro Êxtase


1999 - Balada MTV - Barão Vermelho


2004 - Barão Vermelho


2005 - MTV ao vivo - Barão Vermelho







Obs :


A musica "O Poeta Esta Vivo" foi feita por Frejat e Dulce Quental para celebrar a volta de Cazuza que havia ido para Boston e havia passado por uma crise de saúde muito grande e quase morreu>
Veja o depoimento de Roberto frejat num bate-papo para a radio UOL

"-A idéia desta música é a de que o poeta está vivo. A inspiração vem de várias maneiras, é difícil classificar e definir. No caso desta música é um caso curioso, pois ela foi composta para celebrar a volta de Cazuza que havia ido para Boston e havia passado por uma crise de saúde muito grande e quase morreu. Quando ele voltou estávamos muito felizes por ele estar vivo. Foi feita para celebrar este retorno positivo. Só que quando ela foi lançada ele já havia falecido, mas ele ouviu a música antes de ser lançada. Depois que ele morreu ela passou a ter outro sentido, pois aí seria o poeta que continua vivo na memória de todos nós."



 Videografia Participação Especial

1988 - "Ideologia" (VHS)


2008 - "Pra sempre Cazuza" (DVD)



Com o Barão Vermelho

1994 - Carne Crua (VHS)


1999 - Balada MTV (DVD)


2005 - Ao Vivo MTV (DVD)


2006 - Box com três shows: Acústico MTV, Balada MTV, Ao Vivo MTV (DVD)


2007 - Rock in Rio 1985 (DVD)











Cazuza


Cazuza e sua mão Lucinha Araujo



Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza (Rio de Janeiro, 4 de abril de 1958 — Rio de Janeiro, 7 de julho de 1990) foi um cantor, compositor e poeta brasileiro que ganhou fama como símbolo da sua geração como vocalista e principal letrista da banda Barão Vermelho. Sua parceria com Roberto Frejat foi criticamente aclamada. Dentre as composições famosas junto ao Barão Vermelho estão "Todo Amor Que Houver Nessa Vida", "Pro Dia Nascer Feliz", "Maior Abandonado", "Bete Balanço" e "Bilhetinho Azul".







Cazuza tornou-se um dos ícones da música brasileira da década de 1980. Dentre seus sucessos musicais em carreira solo, destacam-se "Exagerado", "Codinome Beija-Flor", "Ideologia", "Brasil", "Faz Parte Do Meu Show", "O Tempo Não Pára" e "O Nosso Amor A Gente Inventa".






Cazuza também ficou conhecido por ser rebelde, boêmio e polêmico, tendo declarado em entrevistas que era bissexual. Em 1989 declarou ser soropositivo e sucumbiu à doença em 1990, no Rio de Janeiro. Também reconhecido pela sua inconfundível voz, ao lado de Raul Seixas e Renato Russo, é considerada uma das melhores vozes da música brasileira.






Biografia



Infância e adolescência

Filho de João Araújo, produtor fonográfico, e de Lucinha Araújo, Cazuza recebeu o apelido mesmo antes do nascimento. Agenor, seu verdadeiro nome foi recebido por insistência da avó paterna. Na infância, Cazuza nem sequer sabia seu nome de batismo, por isso não respondia à chamada na escola. Só mais tarde, quando descobre que um dos compositores prediletos, Cartola, também se chamava Agenor (na verdade, Angenor, por um erro do cartório), é que Cazuza começa a aceitar o nome.






Cazuza sempre teve contato com a música. Influenciado desde pequeno pelos grandes nome da música brasileira, ele tinha preferência pelas canções dramáticas e melancólicas, como as de Cartola, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa, Maysa e Dalva de Oliveira. Era também grande fã da roqueira Rita Lee, para quem chegou a compor a letra da canção "Perto do fogo", que Rita musicou.






Cazuza cresceu no bairro do Leblon e estudou no Colégio Santo Inácio até mudar para o Colégio Anglo-Americano, para evitar reprovação. Como os pais às vezes saíam à noite, o filho único ficava na companhia da avó materna, Alice. Por volta de 1965, ele começou a escrever letras e poemas, que mostrava à avó.






Graças ao ambiente profissional do pai, Cazuza cresceu em volta dos maiores nomes da Música Popular Brasileira, como Caetano Veloso, Elis Regina, Gal Costa, Gilberto Gil, João Gilberto, Novos Baianos, entre outros. A mãe, Lucinha Araújo, também cantava e gravou três discos.






Em 1972, tirando férias em Londres, Cazuza conhece as canções de Janis Joplin, Led Zeppelin e Rolling Stones, e logo tornou-se um grande fã.






Por causa da promessa do pai, que disse que lhe presentearia com um carro caso ele passasse no vestibular, Cazuza foi aprovado em Comunicação em 1976, mas desistiu do curso três semanas depois. Mais tarde começou a frequentar o Baixo Leblon, onde levou uma vida boêmia. Assim, João Araújo criou um emprego para ele na gravadora Som Livre, da qual ainda é presidente. Na Som Livre, Cazuza trabalhou no departamento artístico, onde fez triagem de fitas de novos cantores. Logo depois trabalhou na assessoria de imprensa, onde escreveu releases para divulgar os artistas.






No final de 1979 ele fez um curso de fotografia na Universidade de Berkeley, em São Francisco, Estados Unidos. Lá descobriu a literatura da Geração Beat, os chamados poetas malditos, que mais tarde teria grande influência na carreira.






Em 1980 ele retornou ao Rio de Janeiro, onde ingressou no grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone no Circo Voador. Foi nessa época que Cazuza cantou em público pela primeira vez.






O cantor e compositor Léo Jaime, convidado para integrar uma nova banda de rock de garagem que se formava no bairro carioca do Rio Comprido não aceitou, mas indicou Cazuza aos vocais. Daqueles ensaios na casa do tecladista Maurício Barros, nasceu o Barão Vermelho.








"Não divido nada, muito menos o palco"
 
 




Cazuza deixou a banda a fim de ter liberdade para compor e se expressar, musical e poeticamente. Em julho de 1985, durante os ensaios do quarto álbum, Cazuza deixou o Barão Vermelho para seguir carreira solo. Suspeita-se que nesse mesmo ano começou a ter febre diariamente, indícios da AIDS que se agravaria anos depois. Ezequiel Neves (faleceu no dia 7 de julho de 2010), que trabalhou com o Barão, dividiu-se entre a banda e a carreira solo de Cazuza. "Fui 'salomônico'", declarou em entrevista ao Jornal do Commercio, em 2007, quando Cazuza completaria 49 anos.





Carreira Solo



Exagerado e Só Se For A Dois


Em agosto de 1985, Cazuza é internado para ser tratado por uma pneumonia. Cazuza exigiu fazer um teste de HIV, do qual o resultado foi negativo. Em novembro de 1985 foi lançado o primeiro álbum solo, Exagerado. "Exagerado", a faixa-título composta em parceria com Leoni, se torna um dos maiores sucessos e marca registrada do cantor. Também destaca a obra-prima "Codinome Beija-Flor". A canção "Só As Mães São Felizes" é vetada pela censura.






Cazuza gravou o segundo álbum no segundo semestre de 1986. Como a Som Livre terminou com o cast, Só Se For A Dois foi lançado pela PolyGram (agora Universal Music Group) em 1987. Logo depois, a PolyGram contratou Cazuza. Só Se For A Dois mostra temas românticos como "Só Se For A Dois", "O Nosso Amor A Gente Inventa", "Solidão Que Nada" e "Ritual".







Ideologia e O Tempo Não Pára


A AIDS (doença da qual provavelmente sofria desde 1985) volta a se manifestar em 1987. Cazuza é internado com pneumonia, e um novo teste revela que o cantor é portador do vírus HIV. Em Outubro, Cazuza é internado na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, para ser tratado por uma nova pneumonia. Em seguida, ele é levado pelos pais aos Estados Unidos. Lá, Cazuza é submetido a um tratamento a base de AZT durante dois meses no New England Hospital de Boston. Ao voltar ao Brasil no começo de dezembro de 1987, Cazuza inicia as gravações para um novo disco. Ideologia de 1988, inclui os hits "Ideologia", "Brasil" e "Faz Parte Do Meu Show". "Brasil" em versão de Gal Costa foi tema de abertura da telenovela Vale Tudo da Rede Globo.






Os shows se tornam mais elaborados e a turnê do disco Ideologia, dirigido por Ney Matogrosso, viaja por todo o Brasil. O Tempo Não Pára, gravado no Canecão durante esta turnê, é lançado em 1989. O disco se tornou o maior sucesso comercial superando a marca de 500 mil cópias vendidas. A faixa "O Tempo Não Pára" torna-se um de seus maiores sucessos. Também destacam-se "Todo Amor Que Houver Nessa Vida" com um novo arranjo mais introspectivo, "Codinome Beija-Flor" e "Faz Parte Do Meu Show". O Tempo Não Pára também foi lançado em VHS Vídeo pela Globo.







Burguesia


Em fevereiro de 1989, Cazuza declara publicamente que era soropositivo, ajudando assim a criar consciência em relação a doença e os efeitos. Cazuza comparece na cerimônia do Prêmio Sharp de cadeira de rodas, onde recebe os prêmios de melhor canção para "Brasil" e melhor álbum para Ideologia.






Burguesia (1989), foi gravado com o cantor numa cadeira de rodas e com a voz nitidamente enfraquecida. É um álbum duplo de conceito dual, sendo o primeiro disco com canções de rock brasileiro e o segundo com canções de MPB. Burguesia é o último disco gravado por Cazuza e vendeu 250 mil cópias. Cazuza recebeu o Prêmio Sharp póstumo de melhor canção com "Cobaias de Deus".







Morte


Em outubro de 1989, depois de quatro meses a base de um tratamento alternativo em São Paulo, Cazuza parte novamente para Boston, onde ficou internado até março de 1990 voltando assim para o Rio de Janeiro.






No dia 7 de julho de 1990, Cazuza morre aos 32 anos por um choque séptico causado pela AIDS. No enterro compareceram mais de mil pessoas, entre parentes, amigos e fãs. O caixão, coberto de flores e lacrado, foi levado à sepultura pelos ex-companheiros do Barão Vermelho. Cazuza foi enterrado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.





Legado


Em apenas nove anos de carreira, Cazuza deixou 126 canções gravadas, 78 inéditas e 34 para outros intérpretes.






Após a morte de Cazuza, os pais fundaram a Sociedade Viva Cazuza em 1990. A Sociedade Viva Cazuza tem como intenção proporcionar uma vida melhor à crianças soropositivas através de assistência à saúde, educação e lazer.






Em 1997, a cantora Cássia Eller lançou o álbum Veneno AntiMonotonia, que traz somente composições de Cazuza.






As canções de Cazuza já foram reinterpretadas pelos mais diversos artistas brasileiros dos mais diversos genêros musicais.






A Som Livre realizou o show Tributo a Cazuza em 1999, posteriormente lançado em CD e DVD, do qual participaram Ney Matogrosso, Barão Vermelho, Engenheiros do Hawaii, Kid Abelha, Zélia Duncan, Sandra de Sá, Arnaldo Antunes e Leoni.






No ano 2000 foi exibido no Rio de Janeiro e em São Paulo o musical Casas de Cazuza, escrito e dirigido por Rodrigo Pitta, cuja história tem base nas canções de Cazuza.






Em 2004 foi lançado o filme biográfico Cazuza - O Tempo Não Pára de Sandra Werneck.







Artistas relacionados


Dentre diversos artistas relacionados a Cazuza, podemos mencionar Simone (O tempo não pára e Codinome Beija-flor), Leoni (com quem compôs o maior sucesso, Exagerado), Léo Jaime (que apresentou Cazuza para a banda Barão Vermelho quando esta já estava formada e precisando de um vocalista para completar a banda), Lobão, tanto pela amizade com Cazuza quanto pela influência de um em outro, por ter sido grande inspiração no começo da carreira, Cássia Eller por ter sido a intérprete que mais gravou canções de Cazuza, Arnaldo Antunes pela influência marcante, Ney Matogrosso por ter sido namorado, Renato Russo, por ter homenageado duas vezes o ex-vocalista do Barão (com a canção em inglês Feedback Song For a Dying Friend e com a regravação de Quando Eu Estiver Cantando no show Viva Cazuza, em 1990) e Frejat, por ter sido um grande amigo e seu principal parceiro em composições musicais.







Discografia



Com o Barão Vermelho


1982 - Barão Vermelho


1983 - Barão Vermelho 2


1984 - Maior Abandonado



Solo


1985 - Exagerado


1987 - Só Se For A Dois


1988 - Ideologia


1988 - O Tempo Não Pára - ao vivo


1989 - Burguesia


1991 - Por Aí (póstumo)


2005 - O Poeta Está Vivo - Show no Teatro Ipanema 1987 - ao vivo (póstumo)




Videografia



Com o Barão Vermelho


2007 - Rock in Rio 1985 (DVD)



Solo


1988 - Ideologia (VHS Vídeo)


1989 - O Tempo Não Pára (VHS Vídeo)


2008 - Pra Sempre Cazuza (DVD)



Filmografia


1984 - Bete Balanço (participação especial)


1987 - Um Trem para as Estrelas (participação especial)


2001 - Cazuza - Sonho de uma noite no Leblon (documentário)


2004 - Cazuza - O tempo não pára (biográfico)


Bibliografia


1990 - Songbook Cazuza Vol. 1, de Almir Chediak, Lumiar Editora


1990 - Songbook Cazuza Vol. 2, de Almir Chediak, Lumiar Editora


1997 - Cazuza, Só As Mães São Felizes, de Lucinha Araújo e Regina Echeverria, Editora Globo


2001 - Cazuza, Preciso Dizer Que Te Amo - Todas as Letras do Poeta, de Lucinha Araújo e Regina Echeverria, Editora Globo














Contatos:






maxmarcelo79@gmail.com